O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que a Enel terá três dias para restaurar o fornecimento de energia elétrica em grande parte de São Paulo, após fortes chuvas que causaram quedas de árvores e deixaram mais de 530 mil imóveis sem energia. Durante uma coletiva de imprensa, Silveira criticou a comunicação e o compromisso da empresa com a população, enfatizando a necessidade de soluções rápidas e eficazes. Ele destacou que a Enel deve priorizar a recuperação dos serviços, enquanto outras distribuidoras, como CPFL e EDP, devem apoiar na operação, aumentando o número de funcionários na força-tarefa.
O ministro também atribuiu parte da responsabilidade pelo apagão à prefeitura de São Paulo, que não tem gerido adequadamente questões urbanísticas que impactam a rede elétrica. Silveira mencionou que mais de 50% dos problemas foram causados por quedas de árvores, e que as distribuidoras precisam ter mais liberdade legal para atuar na manutenção da infraestrutura. Ele sinalizou que levará essa questão para discussão em nível federal, visando a criação de uma solução legislativa.
Além disso, Silveira criticou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por sua fiscalização inadequada durante a crise e afirmou que a Enel reduziu o número de funcionários em nome de uma suposta modernização, priorizando o lucro em detrimento da qualidade do serviço. O ministro anunciou a abertura de um processo que pode resultar em penalidades à empresa e reforçou a importância de melhorar a relação contratual entre as distribuidoras e o poder público, buscando garantir um serviço de energia mais eficiente para a sociedade.