A equipe econômica do governo tem analisado propostas de cortes nos gastos públicos, visando a manutenção do arcabouço fiscal. Em uma declaração recente, o ministro do Trabalho manifestou não ter sido informado sobre quaisquer mudanças no seguro-desemprego, no abono salarial ou na multa de 40% por demissão sem justa causa. Ele enfatizou que, na sua perspectiva, não houve debate sobre a redução ou eliminação desses benefícios, desafiando a lógica de transferir responsabilidades financeiras dos empregadores para os trabalhadores.
O ministro ressaltou a falta de consulta sobre os possíveis cortes, afirmando que uma decisão unicamente técnica, sem a participação de quem é responsável pela pasta, configuraria uma agressão. Marinho indicou que não existe um diálogo formal entre os ministros sobre mudanças em políticas do Ministério do Trabalho, embora haja estudos sendo realizados nas áreas técnicas. Ele afirmou que a discussão em torno dos cortes não reflete uma necessidade de resolver problemas do país, mas sim uma tentativa de aliviar a carga sobre as empresas.
Por fim, o ministro deixou claro que, caso se sinta desrespeitado por decisões que não considerem sua posição, pode considerar pedir demissão. Ele reconheceu que a decisão final sobre sua permanência no cargo cabe ao presidente, mas reiterou que não há fundamento em rumores sobre alterações nos benefícios sob sua supervisão. Marinho concluiu que o foco deve ser na proteção dos direitos dos trabalhadores e não na desvalorização de programas sociais.