O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou que nunca foi consultado sobre a agenda de revisão de gastos no governo, especialmente no que se refere a benefícios como seguro-desemprego e abono salarial. Ele enfatizou que, se não houve discussão com ele sobre essas medidas, elas não existem de fato, destacando a importância de sua participação nas decisões relacionadas ao trabalho e emprego. Marinho também comentou que o aumento do dólar, que chegou a R$ 5,77, é um reflexo das pressões do mercado financeiro sobre o governo.
Marinho ressaltou que o presidente tem se comprometido a buscar recursos orçamentários em áreas que não afetam diretamente os trabalhadores. Segundo ele, o debate sobre cortes nos benefícios está restrito a técnicos e não é uma pauta discutida abertamente no governo. O ministro acredita que, caso houvesse uma movimentação nesse sentido, o presidente teria conversado com ele, indicando que essa falta de diálogo é uma forma de agressão à sua posição.
Além disso, o ministro defendeu que seguro-desemprego e abono salarial não devem ser classificados como gastos, mas sim como necessidades essenciais. Ele afirmou que qualquer corte deveria se concentrar em despesas desnecessárias, e que a luta contra fraudes em políticas públicas deve ser uma prioridade para qualquer gestor. Marinho encerrou seu discurso reforçando a necessidade de um debate mais amplo e inclusivo sobre a política de gastos do governo.