O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela extradição de brasileiros investigados por atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, que atualmente se encontram foragidos na Argentina. Essa decisão foi tomada em resposta a um pedido da Polícia Federal, que identificou mais de 60 indivíduos em situação de fuga no país vizinho. O próximo passo é que o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça analise a conformidade da ordem com os tratados internacionais que o Brasil assinou.
Várias das pessoas envolvidas nos atos golpistas conseguiram deixar o Brasil utilizando tornozeleiras eletrônicas, mas posteriormente as violaram, atravessando a fronteira de forma clandestina. A Polícia Federal investiga a possibilidade de que esses indivíduos tenham solicitado asilo na Argentina, país que atualmente é governado por um aliado do ex-presidente do Brasil. A situação levanta preocupações sobre a segurança e a integridade do processo democrático no Brasil.
Os trâmites de extradição são coordenados pelo Ministério das Relações Exteriores, que deve conduzir o processo em conformidade com as normas internacionais. A ação reflete uma tentativa das autoridades brasileiras de coibir a impunidade e garantir que os responsáveis por ações que ameaçam a democracia sejam responsabilizados adequadamente, independentemente de onde se encontrem.