O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de fortalecer o arcabouço fiscal brasileiro durante uma coletiva em Washington, onde se reuniu com ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20. Haddad afirmou que não há necessidade de reformular as regras fiscais existentes, mas sim de garantir sua credibilidade e sustentação a médio e longo prazo. Ele enfatizou que as medidas em análise visam reforçar os limites de gastos e as metas de déficit primário, para assegurar confiança entre os agentes econômicos e investidores.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acompanhou Haddad e ressaltou a relevância de ações fiscais para mitigar as preocupações do mercado financeiro sobre as contas públicas. Apesar das tensões relacionadas às eleições nos Estados Unidos e às taxas de juros, Campos Neto apontou que a volatilidade dos preços de mercado está exagerada. Ele observou que o Brasil tem se destacado na busca pelo reequilíbrio das contas públicas em comparação com outros países, especialmente após os altos gastos durante a pandemia de covid-19.
Durante a semana, Haddad e Campos Neto participaram de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, onde discutiram a recuperação econômica global. O G20 manifestou otimismo em relação à desaceleração econômica na maioria dos países, mas também destacou desafios, como o combate ao protecionismo em economias avançadas, que pode afetar negativamente a recuperação de nações em desenvolvimento.