O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou ceticismo em relação às projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) que indicam um aumento significativo da dívida pública brasileira em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2026. O FMI estima que a dívida poderá subir de 83,9% do PIB em 2022 para 94,7% em 2026, além de prever a impossibilidade de o governo alcançar um superávit primário antes de 2027. Haddad, que estava em Washington para uma reunião do G20, afirmou não ter lido o relatório, mas reforçou sua confiança na estratégia fiscal do governo, enfatizando a importância de um arcabouço fiscal robusto.
Além das críticas, Haddad destacou que a equipe econômica deve estar convencida de suas propostas para conseguir persuadir outros setores e a população. Ele argumentou que um fortalecimento das diretrizes fiscais é essencial para enfrentar os desafios atuais. Apesar da visão negativa do FMI, a instituição revisou para cima a previsão de crescimento do Brasil em 2023, agora estimando uma expansão de 3%, e também elevou a estimativa para 2024, passando de 2,1% para 3%.
A mensagem de Haddad reflete a busca do governo por um equilíbrio fiscal e a confiança em suas políticas econômicas, apesar das incertezas apontadas por organismos internacionais. O discurso sugere um apelo para que a confiança na economia brasileira seja mantida, enquanto se prepara para um contexto econômico desafiador nos próximos anos.