O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reafirmou a determinação do governo em implementar medidas fiscais que visam assegurar o crescimento econômico do Brasil e ajustar as despesas às normas do arcabouço fiscal. Ele mencionou que a equipe já apresentou ao presidente as diretrizes gerais dessas medidas, que estão em fase de detalhamento técnico e jurídico, com expectativa de aprovação nos próximos dias. Apesar de declarações do ministro da Fazenda sobre a ausência de uma data para a divulgação das medidas, a expectativa negativa do mercado resultou em uma alta no dólar, que alcançou R$ 5,76, o maior patamar em mais de três anos.
O cenário adverso, aliado a números decepcionantes de investimentos estrangeiros diretos, que totalizaram US$ 5,23 bilhões em setembro, abaixo da expectativa de US$ 5,60 bilhões, contribuiu para o mau humor do mercado. Em resposta, Rui Costa destacou que a equipe ministerial se reunirá para finalizar os detalhes das medidas, com um prazo estabelecido até a próxima semana. Ele enfatizou que aqueles que duvidam da capacidade do governo em realizar ajustes fiscais estão errados, reiterando a confiança na determinação do presidente em agir.
O descontentamento de Lula com a reação do mercado foi evidente, e assessores afirmaram que ele não seguirá a urgência do setor financeiro, mas sim seu próprio ritmo. O pacote fiscal que está por vir busca conquistar a credibilidade necessária junto aos investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros, em vez de atender aos interesses dos especuladores do mercado. Essa estratégia visa não apenas estabilizar a economia, mas também restaurar a confiança na gestão fiscal do país.