A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima fez uma declaração em apoio a uma ativista indígena detida durante uma manifestação na 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP16), realizada em Cali, Colômbia. A ministra destacou a importância da ativista, que representa a luta pelos direitos dos povos indígenas, das mulheres e dos direitos humanos, expressando solidariedade e empatia pela situação enfrentada por ela. A detenção ocorreu quando o grupo de indígenas protestava contra a Proposta de Emenda Constitucional que visa estabelecer um marco temporal para as terras indígenas no Brasil.
O líder guarani que acompanhava a ativista relatou que a manifestação foi marcada por um uso desproporcional da força por parte da polícia, descrevendo a situação como um pedido de socorro frente à violência. A ação do grupo tinha o intuito de alinhar a manifestação da COP16 com uma marcha que acontecia simultaneamente em Brasília, mas a falta de autorização prévia levou a um desfecho inesperado e conturbado. A ministra criticou a abordagem policial, que considerou excessiva e inadequada, especialmente em relação a uma jovem manifestante que expressava sua indignação de forma pacífica.
Após o incidente, a organização da COP16 buscou as autoridades brasileiras para apresentar um pedido de desculpas e devolver as credenciais retiradas dos ativistas. A ministra enfatizou a necessidade de aprendizado a partir dessa experiência, especialmente com a perspectiva de que o Brasil sediará a COP30 em 2025, onde haverá um grande número de manifestações por parte de comunidades indígenas e outros movimentos sociais. A expectativa é que eventos futuros sejam geridos com mais atenção e respeito aos direitos de expressão e à segurança dos participantes.