O Ministério Público de São Paulo requisitou à Uber um relatório detalhado sobre denúncias de crimes sexuais em sua plataforma, com ênfase em casos envolvendo crianças, adolescentes, mulheres e idosos. A Promotoria busca informações sobre os locais e horários das ocorrências e as ações tomadas pela empresa em resposta a esses relatos. Embora a Uber tenha afirmado que a segurança dos usuários é uma prioridade, não atendeu completamente às solicitações do MP, que investiga casos de assédio sexual e estupros relacionados a motoristas de aplicativos.
A investigação foi iniciada após um relato de uma jovem que foi vítima de um crime, e a Promotoria ressaltou que esses incidentes não são isolados, impondo às plataformas de transporte a responsabilidade de garantir a segurança de seus usuários. A Uber deverá fornecer explicações sobre os critérios de contratação de motoristas, tipos de crimes que impedem o cadastro e a disponibilidade de gravações de corridas para as vítimas e autoridades, tendo um prazo de dez dias para responder. A empresa também destacou suas iniciativas para combater a violência de gênero e parcerias com organizações para promover a segurança.
Desde 2018, a Uber possui um compromisso público de enfrentamento à violência contra a mulher, implementando diversas iniciativas para aumentar a conscientização sobre a segurança durante os deslocamentos. Entre essas ações, destacam-se a criação de um assistente virtual para auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica e a promoção de eventos que discutem a segurança e a diversidade. A empresa reafirma seu compromisso em colaborar com investigações e melhorar suas práticas de segurança, reconhecendo a complexidade do problema da violência de gênero como uma questão social que requer ação conjunta.