O Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia contra 25 indivíduos suspeitos de estarem envolvidos na exploração ilegal de ferros-velhos e empresas de reciclagem ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O principal denunciado é acusado de liderar um esquema criminoso relacionado ao tráfico de drogas na região central da cidade, que operava a partir de uma favela considerada o centro de operações do grupo na área. Entre os denunciados estão também familiares do líder, todos enfrentando acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes ambientais.
A investigação, parte da Operação Salus et Dignitas, foi realizada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com os promotores, a facção criminosa montou uma rede de galpões para a recepção de objetos furtados, como fios de cobre, utilizando mão de obra de moradores em situação vulnerável, que eram pagos com bebidas e drogas. Essa prática revela um esquema de exploração que se aproveita da fragilidade social dos indivíduos envolvidos.
A denúncia destaca que as atividades ilegais não apenas violam leis ambientais e trabalhistas, mas também afetam diretamente os direitos de pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente dependentes químicos. O caso exemplifica como a criminalidade se infiltra em áreas de risco, explorando a miséria e a falta de oportunidades, evidenciando a necessidade de ações mais eficazes para combater tais práticas no estado.