O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) protocolou uma nova ação civil pública contra um ex-prefeito de Belo Horizonte e dois servidores municipais, acusando-os de extorsão e improbidade administrativa. A ação também inclui um empresário que firmou contratos com a prefeitura. O órgão solicita a inelegibilidade dos acusados por até 14 anos e o ressarcimento de R$ 103,5 milhões referentes a contratos renovados entre 2021 e 2023. Segundo a denúncia, a pressão sobre a empresa prestadora de serviços foi feita com a condição de um pagamento para a realização de uma pesquisa eleitoral.
De acordo com os documentos, a pesquisa era crucial para a decisão do ex-prefeito em relação à sua candidatura ao governo estadual em 2022. O empresário teria sido pressionado a pagar R$ 60 mil para a realização do trabalho, que foi conduzido por uma empresa indicada por um secretário da prefeitura. Além disso, evidências revelam diálogos que demonstram a coação exercida para garantir a continuidade de um contrato milionário. A investigação aponta que a negociação envolveu outros servidores que também estão sendo investigados.
Os acusados negam as acusações e afirmam que não houve irregularidades. O ex-prefeito argumentou que os contratos mencionados são da gestão anterior e que não sofreram alterações durante seu mandato. A investigação agora seguirá para análise judicial, enquanto os envolvidos aguardam um posicionamento sobre os fatos apresentados.