O ministro de Minas e Energia anunciou a criação de uma sala de situação e enviou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pedindo agilidade na restauração da energia elétrica na região metropolitana de São Paulo. A medida surge após um apagão que afetou 2,6 milhões de consumidores, principalmente em oito bairros, devido a chuvas e ventos fortes que começaram na noite de sexta-feira (11). Até o sábado (20), 1,45 milhão de clientes ainda estavam sem energia.
O Ministério de Minas e Energia criticou a atuação da Aneel, destacando falhas na fiscalização da distribuidora Enel, que tem apresentado ineficiência em diversas áreas. Além disso, o ministério ressaltou que não há previsão de renovação da concessão da distribuidora, enfatizando a falta de investigações adequadas por parte da agência reguladora. Um decreto recente também foi mencionado, estabelecendo critérios mais rigorosos para avaliar o desempenho das concessionárias, com o objetivo de garantir um melhor serviço e aumentar os investimentos no setor.
A Aneel, por sua vez, já anunciou que intimará a Enel a apresentar justificativas para o apagão e propor melhorias em seu serviço. Esta proposta será avaliada pela diretoria colegiada da agência, e, caso a distribuidora não apresente soluções satisfatórias, pode ser iniciado um processo para encurtar sua concessão, que está prevista até 2028. A situação continua sendo monitorada pelas autoridades competentes.