O Ministério de Minas e Energia está aguardando a divulgação de um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a viabilidade do retorno do horário de verão ainda este ano. De acordo com informações do governo, a medida só será implementada se considerada estritamente necessária. O ONS já indicou que o retorno poderia melhorar a eficiência do Sistema Interligado Nacional, especialmente durante o horário de pico, reduzindo a demanda máxima em até 2,9% e gerando uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.
Na última reunião da Câmara de Monitoramento do Sistema Elétrico, o ONS alertou sobre a deterioração nas condições de fornecimento de energia nos próximos meses, com previsões de que a água disponível para as hidrelétricas fique abaixo da média histórica. Isso ocorre em um cenário de estiagem, que já levou ao aumento das tarifas de energia, atualmente sob a bandeira vermelha 2, a mais alta em termos de sobrepreço. O governo está buscando alternativas para mitigar os impactos financeiros sobre a população.
Embora os especialistas afirmem que não há risco iminente de falta de energia como em 2021, os custos elevados da eletricidade são uma preocupação crescente. O ONS também destacou que, caso o horário de verão seja mantido até 2028, poderia resultar em uma economia anual de R$ 1,8 bilhão, ao diminuir a necessidade de acionamento das termoelétricas.