O Ministério da Saúde do Brasil teve conhecimento, em setembro, de infecções por HIV em pacientes transplantados no Rio de Janeiro, mas a situação só ganhou destaque público no início de outubro, quando a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) confirmou as investigações. Seis pessoas foram infectadas após receber órgãos de um laboratório que apresentou resultados falsos-negativos para testes de HIV. A pasta informou que foi notificada sobre a possibilidade de transmissão do vírus por meio de transplantes, mas, até então, não havia confirmação de que isso tinha ocorrido.
Diante da gravidade da situação, o ministério tomou medidas urgentes, incluindo recomendações à Central de Transplantes do Rio, como investigar os casos, notificar os receptores e implementar um monitoramento rigoroso. Além disso, foi determinada a instalação de uma auditoria para verificar possíveis irregularidades na contratação do laboratório envolvido. A operação policial resultou na prisão de alguns responsáveis pelo laboratório, que é suspeito de falsificar laudos e realizar testes equivocados.
Recentemente, a Justiça autorizou a quebra de sigilo dos envolvidos, e as investigações seguem em andamento. O laboratório negou a existência de um esquema criminoso, alegando falhas humanas na transcrição de resultados. A defesa de um dos sócios afirmou que confia na Justiça e que a verdade será esclarecida. A situação destaca a importância de rigor na realização de testes laboratoriais, especialmente em procedimentos médicos críticos como transplantes de órgãos.