Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian fecharam em baixa, revertendo os ganhos iniciais do dia. A queda foi influenciada pela expectativa de uma demanda global mais fraca por aço e dados econômicos decepcionantes da China, o maior consumidor de metais do mundo. O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou com uma redução de 0,38%, enquanto o minério de ferro de referência em Cingapura registrou uma queda de 1,43%.
A Associação Mundial do Aço sinalizou uma previsão de redução da demanda global de aço por três anos consecutivos, refletindo um cenário de produção e crescimento econômico insatisfatório. Para 2024, a expectativa é que a demanda por aço caia 3%, seguida de uma nova queda de 1% em 2025, o que indica um panorama desafiador para o setor. Esses dados refletem uma tendência preocupante em relação às metas de crescimento da China, que pode enfrentar dificuldades para alcançar a meta de 5% este ano, além de pressões deflacionárias.
Apesar da queda nas expectativas de demanda, as exportações de aço da China em setembro atingiram o nível mais alto desde 2016, somando 10,2 milhões de toneladas, um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Essa resiliência nas exportações externas contrasta com a fragilidade do mercado interno, onde os dados econômicos recentes, como a balança comercial e novos empréstimos, não corresponderam às expectativas, acentuando a preocupação com a saúde econômica do país e suas implicações para o mercado de metais.