A Middle East Airlines (MEA) se destaca como a única companhia aérea comercial ainda em operação no aeroporto de Beirute, mesmo com a escalada dos conflitos entre Israel e o grupo Hezbollah. Desde que Israel intensificou seus bombardeios nos subúrbios do sul de Beirute, a MEA tem se esforçado para garantir a segurança de seus voos, recebendo garantias de que não haverá ataques direcionados a suas aeronaves, desde que utilizadas para fins civis. O capitão Mohammed Aziz, conselheiro da empresa, assegurou que a companhia realiza avaliações diárias de risco, permitindo que as operações continuem, apesar das circunstâncias adversas.
A companhia tem enfrentado desafios únicos, já que os voos estão saindo cheios, mas retornando com grande parte dos assentos vazios, devido à evacuação de cidadãos estrangeiros e libaneses em busca de segurança. A situação no aeroporto é delicada, com bombardeios ocorrendo em áreas próximas. Os passageiros, por sua vez, relatam experiências mistas, entre o alívio por ainda haver conexões aéreas e a preocupação com a segurança durante os voos. A MEA tem adotado medidas para minimizar riscos, incluindo o espaçamento dos voos e a adaptação a bloqueios de GPS utilizados por Israel.
Além de ser um vínculo essencial com o mundo exterior, a continuidade dos voos da MEA oferece um certo consolo a muitos libaneses, mesmo em meio ao clima de incerteza e perigo. O impacto emocional da situação é palpável, com relatos de passageiros que buscam viajar apesar dos riscos, reafirmando a importância da companhia para a sociedade libanesa. Assim, enquanto o aeroporto de Beirute permanecer aberto, a MEA se compromete a manter suas operações, reafirmando seu papel como a única conexão aérea em um cenário de conflito intenso.