A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresentou um recurso contra a rejeição de sua queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal, na qual acusava uma deputada de calúnia e difamação. A parlamentar em questão alegou que Michelle estaria envolvida no desaparecimento de um cachorro, gerando controvérsia nas redes sociais. O ministro Luiz Fux acompanhou a posição da Procuradoria-Geral da República, que considerou as declarações da deputada protegidas pela imunidade parlamentar, rejeitando assim a queixa.
O caso remonta a um incidente em 2020, quando um cachorro foi encontrado nos fundos do Palácio do Planalto. Na época, Michelle demonstrou interesse em cuidar do animal, que acabou sendo devolvido ao seu dono. A defesa de Michelle argumentou que o episódio já havia sido esclarecido e que o tutor do cachorro havia expressado gratidão pelos cuidados recebidos. Entretanto, a deputada utilizou a situação para criticar a ex-primeira-dama, insinuando má-fé em suas ações.
No recurso, a defesa de Michelle solicita a reconsideração da decisão do magistrado e, se necessário, que o assunto seja levado à Primeira Turma do STF. Fux justificou sua decisão ao afirmar que a publicação da deputada tinha um caráter político, em linha com sua atuação como opositora do prefeito da cidade, o que a ampara legalmente.