O novo governo do México, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, apresentou um plano agrícola que busca revitalizar a produção e distribuição de alimentos no país, voltando a modelos que prevaleceram na década de 1980. O foco principal dessa iniciativa será aumentar a produção de feijão e milho, ingredientes centrais na dieta mexicana, e revitalizar os armazéns governamentais que anteriormente forneciam produtos básicos à população. Sheinbaum enfatizou a importância de consumir alimentos tradicionais, sugerindo que a opção por tacos de feijão é mais saudável em comparação com snacks industrializados.
O secretário da Agricultura, Julio Berdegué, detalhou que uma das metas é garantir preços estáveis para os agricultores de milho e reduzir o custo das tortilhas em 10%. Além disso, o governo planeja um aumento de 30% na produção de feijão nos próximos seis anos, visando substituir importações e criar centros de pesquisa dedicados ao desenvolvimento de sementes mais produtivas. O plano também inclui o suporte à produção de café, priorizando a versão instantânea, que é preferida pela maioria dos lares mexicanos.
As novas políticas parecem desafiar as tendências atuais do mercado, onde os mexicanos tendem a optar por supermercados modernos e a consumir café moído na hora. O aumento no consumo de cafés especiais e a proliferação de lojas de café indicam uma mudança nos hábitos alimentares da população, que pode entrar em conflito com a proposta do governo de retornar a uma abordagem mais tradicional de produção e consumo de alimentos.