No dia anterior, o dólar apresentou alta de 0,92%, fechando a R$ 5,7610, enquanto o principal índice da bolsa, o Ibovespa, encerrou em queda de 0,37%, aos 130.730 pontos. O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (30), refletindo a cautela do mercado em relação ao risco fiscal brasileiro, especialmente após as declarações do ministro da Fazenda sobre a falta de previsão para um novo pacote fiscal de corte de despesas públicas. Os investidores aguardam medidas efetivas para a contenção de gastos, especialmente com a expectativa de um ajuste fiscal significativo após as eleições municipais.
Nas últimas semanas, o ministro havia indicado que novas medidas estruturais poderiam ser anunciadas para reduzir os gastos públicos, com o mercado esperando um corte de até R$ 60 bilhões para aumentar a credibilidade do governo. Apesar das expectativas, Haddad afirmou que ainda não há uma data definida para a divulgação das medidas, mencionando reuniões com o presidente e outros membros do governo. A pressão por iniciativas de redução de despesas tem sido crescente, destacando a necessidade de um choque fiscal positivo para promover um ambiente de juros mais baixos.
O foco dos investidores permanece na promessa de cortes de gastos, com a necessidade de que esses ajustes reflitam um percentual significativo do Produto Interno Bruto (PIB). A política fiscal do governo é um tema recorrente nas discussões da equipe econômica e tem repercussão nas diretrizes da política monetária, conforme ressaltado pelo presidente do Banco Central. A expectativa é que o governo avance nas conversas sobre a redução de despesas, o que poderá impactar as decisões futuras do mercado e a economia como um todo.