No dia anterior, o dólar americano registrou uma alta de 0,54%, cotado a R$ 5,4734, enquanto o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou em queda de 1,38%, a 131.672 pontos. Nesta sexta-feira, o dólar opera em alta, subindo 0,33%, a R$ 5,4912, com investidores atentos aos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. A expectativa é de que a geração robusta de empregos pressione a inflação e influencie as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros. Além disso, as tensões no Oriente Médio, especialmente envolvendo conflitos em Israel e Líbano, continuam a impactar os mercados globais, com o petróleo apresentando uma valorização significativa.
As novas informações sobre o mercado de trabalho nos EUA são cruciais, pois um aumento nos pedidos de seguro-desemprego foi registrado, superando as expectativas. O relatório mais aguardado da semana, o payroll, será divulgado em breve, com previsão de manutenção da taxa de desemprego em 4,2% e uma adição de 144 mil empregos não-agrícolas. No Brasil, o governo divulgou um déficit primário de R$ 100 bilhões de janeiro a agosto, melhorando em relação ao ano anterior, mas ainda acima das previsões para o ano fiscal. A situação fiscal continua a gerar preocupação, especialmente em relação ao cumprimento das metas fiscais.
A escalada dos conflitos no Oriente Médio, impulsionada por ações de grupos extremistas e bombardeios, exacerba as incertezas globais, refletindo na aversão ao risco dos investidores. O preço do petróleo disparou devido à importância da região na produção e exportação dessa commodity, levando os investidores a buscar proteção no dólar. A instabilidade política e econômica resulta em uma volatilidade crescente no mercado, o que torna o acompanhamento das situações no exterior e suas repercussões no Brasil ainda mais crítico.