As ações chinesas experimentaram uma queda significativa nesta terça-feira (15), após uma série de avanços que levaram os mercados a máximas históricas nos últimos anos. No fechamento, o índice de Xangai caiu 2,53%, enquanto o índice CSI300, que reúne as principais empresas listadas em Xangai e Shenzhen, registrou uma queda de 2,66%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, também foi afetado, apresentando uma queda de 3,67%. O movimento negativo ocorre em meio a uma expectativa cautelosa dos investidores sobre a rapidez e a abrangência das medidas de suporte que o governo chinês pode implementar para estimular a economia.
Os mercados chineses haviam se recuperado desde o final de setembro, impulsionados por anúncios de políticas que fomentaram a especulação sobre um comprometimento governamental em promover gastos para atingir a meta de crescimento de 5% para este ano. O índice CSI300, que subiu 20% desde o fechamento em 23 de setembro, mostrou-se instável e incapaz de superar a resistência em torno de 4.000 pontos. Recentemente, o Ministério das Finanças da China anunciou que aumentará os empréstimos, mas sem fornecer detalhes sobre a quantidade ou o cronograma, o que gerou apreensão entre os investidores.
A falta de informações concretas tem causado inquietação no mercado, especialmente diante de dados de inflação que indicam uma demanda do consumidor mais fraca do que o esperado. Segundo analistas, essa incerteza está contribuindo para a volatilidade das ações, à medida que os investidores aguardam esclarecimentos sobre as políticas que podem ser implementadas para revigorar a economia da segunda maior potência mundial.