Os índices acionários da China registraram um aumento significativo nesta terça-feira (8), após uma pausa de uma semana nos negócios. Apesar de atingirem máximas de mais de dois anos na abertura do mercado, a confiança rapidamente se esvaiu após as autoridades chinesas não apresentarem novos e robustos planos de estímulo econômico. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve sua maior queda desde 2008, recuando 9,41%, enquanto as declarações do presidente do conselho de planejamento econômico, que afirmou confiança nas metas econômicas de 2024, não foram suficientes para tranquilizar os investidores.
O índice SSEC, de Xangai, fechou com alta de 4,59%, e o CSI300 subiu 5,93%, refletindo grandes movimentos, mas muito aquém dos ganhos de mais de 10% vistos anteriormente na sessão. O volume de negócios alcançou um recorde de 3,45 trilhões de iuanes (US$ 489 bilhões), indicando uma intensa atividade de mercado. No entanto, as declarações de compromisso com o crescimento de 5% não foram acompanhadas de medidas concretas que pudessem sustentar esse otimismo, gerando incertezas entre os investidores sobre a capacidade da economia de se recuperar da desaceleração mais severa desde a pandemia de Covid-19.
Analistas ressaltam que a sustentabilidade dos ganhos nos mercados depende de um incremento na política fiscal e na adoção de medidas mais efetivas para apoiar a economia e o setor imobiliário. Antes do fechamento do mercado por feriados, a China havia anunciado estímulos agressivos, levando o CSI300 a uma valorização de 25% em apenas cinco sessões. Contudo, a falta de detalhes substanciais nos novos planos continua a acirrar a preocupação sobre o futuro econômico do país.