O Mercado Livre, que há mais de 20 anos implementa um programa de remoção de anúncios de produtos falsificados, viu sua imagem mudar ao longo do tempo em relação ao combate à pirataria. Embora já tenha sido considerado um antagonista nesse combate, atualmente, a empresa está se esforçando para aprimorar sua colaboração com marcas. Desde 2021, o programa de proteção a marcas da companhia evoluiu, com a adoção de tecnologias como inteligência artificial para detectar proativamente produtos irregulares, resultando em uma remoção significativa de anúncios fraudulentos.
A colaboração com marcas é central para a nova estratégia do Mercado Livre, que busca um relacionamento mais eficaz na identificação de produtos falsificados. Com a ajuda de dados fornecidos por empresas parceiras, os algoritmos da plataforma se tornaram mais precisos na detecção de irregularidades. Esse modelo de cooperação já resultou em apreensões significativas de produtos adulterados, como no caso recente envolvendo a Diageo, demonstrando a eficácia do novo sistema. O número de marcas participantes desse programa cresceu de 12 para 26 em dois anos, com planos de alcançar até 100 nos próximos anos.
O Mercado Livre enfatiza que seu compromisso com a luta contra a pirataria não é apenas uma resposta a pressões externas, mas uma iniciativa para se tornar uma plataforma mais confiável e segura para os consumidores. A empresa reconhece que esse enfoque pode afastar usuários que priorizam preços baixos, mas acredita que, a longo prazo, essa mudança contribuirá para um ambiente de compras mais ético e sustentável. A ação proativa e o investimento em tecnologia e qualificação de equipes são parte de uma estratégia abrangente para lidar com um problema que continua a afetar o comércio online.