O Índice Bovespa apresenta queda desde a abertura do dia 22, operando abaixo dos 130 mil pontos. Essa movimentação reflete a fraqueza das bolsas norte-americanas, à medida que investidores buscam esclarecimentos sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos, a inflação e o valor do dólar, especialmente com a proximidade das eleições presidenciais. O analista Matheus Spiess aponta que o cenário de aversão ao risco é impulsionado por incertezas tanto no exterior quanto no Brasil.
Internamente, as expectativas giram em torno do próximo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que poderá trazer correções nas despesas, possivelmente resultando em um panorama mais positivo para o mercado em novembro e dezembro. Diego Faust, da Manchester Investimentos, destaca que os dados de arrecadação federal, embora bem recebidos, não surpreenderam, mantendo o mercado atento a medidas efetivas de contenção de gastos públicos.
A instabilidade no Congresso também exerce pressão sobre a bolsa, com discussões que não avançam e riscos de decisões judiciais que poderiam aumentar os gastos do governo. Os elevados prêmios no mercado futuro de juros são outro fator que desestimula investimentos em renda variável. Às 11h52, o Ibovespa registrava uma queda de 0,59%, refletindo a tendência negativa em setores como o de petróleo, com empresas como Vale e Petrobras acompanhando a baixa nos preços internacionais.