O Ibovespa registrou sua quarta queda consecutiva, fechando a 129.951,37 pontos, refletindo uma perda de 0,31% no dia e de 3,16% no acumulado do ano. As oscilações do índice foram marcadas pela influência negativa do dólar e da curva de juros, que geraram um ambiente de cautela entre os investidores. A performance das principais ações também foi predominantemente negativa, com destaques como Petrobras e grandes bancos apresentando perdas, enquanto algumas ações, como Itaú e Vale, mostraram leve recuperação no final do dia.
A volatilidade das ações da Hypera, que se valorizou com a possibilidade de fusão com a EMS, foi um dos poucos pontos positivos em um cenário amplamente desfavorável. Especialistas apontam que, apesar do valuation ainda considerado atrativo, as preocupações com a trajetória fiscal e a percepção negativa em relação à recente melhora da nota de crédito do Brasil pesam sobre o mercado. A expectativa de que ajustes fiscais possam ser adiados gera desconfiança entre os investidores, segundo analistas.
No contexto global, incertezas relacionadas às eleições nos Estados Unidos e questões geopolíticas no Oriente Médio também impactam o apetite por risco em mercados emergentes como o brasileiro. A cautela permanece, com investidores atentos ao discurso protecionista que pode surgir em um eventual governo Trump, o que sugere a continuidade de juros elevados. Mesmo com a alta do petróleo, o desempenho do Ibovespa não foi suficiente para evitar novas perdas, evidenciando a fragilidade do cenário econômico atual.