O governo chinês anunciou planos para aumentar seu endividamento e implementar um pacote de estímulos visando combater a deflação e impulsionar o consumo em um cenário de crise no mercado imobiliário. O ministro das Finanças destacou que as medidas incluirão apoio aos governos locais para resolver problemas de endividamento, subsídios para famílias de baixa renda, e reabastecimento de capital para bancos estatais. Apesar dessas iniciativas, analistas alertam para a falta de informações concretas sobre o tamanho do pacote de estímulos, o que gera incerteza entre os investidores.
Os dados econômicos recentes têm frustrado as expectativas e levantado preocupações sobre a possibilidade de que a meta de crescimento do governo, em torno de 5% para o ano, esteja em risco. Os analistas aguardam com apreensão os dados de setembro, que devem revelar uma continuidade da fraqueza econômica. Enquanto isso, o banco central da China já anunciou medidas monetárias agressivas, incluindo cortes nas taxas de juros e injeções de liquidez, mas especialistas ressaltam a necessidade de abordar problemas estruturais mais profundos que impactam o consumo.
A expectativa de novos estímulos fiscais ganhou força após uma reunião do Politburo, que sinalizou uma urgência em fortalecer a economia. A proposta de emissão de títulos soberanos especiais, junto com a possibilidade de injeção de capital nos principais bancos estatais, faz parte do esforço para reanimar a confiança do mercado. No entanto, o sucesso das medidas depende da recuperação da demanda de crédito, que permanece fraca, sugerindo que a trajetória da economia chinesa continua desafiadora.