A equipe econômica do governo federal está se preparando para apresentar um conjunto de medidas de corte de gastos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o segundo turno das eleições municipais. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram para definir as ações a serem sugeridas, destacando que a maioria das medidas dependerá da aprovação do Congresso Nacional. Tebet afirmou que, devido à situação fiscal do Brasil, não é mais viável resolver o problema apenas por meio de aumento na receita.
Tebet mencionou que, caso uma das medidas seja aprovada, poderá resultar em uma economia de R$ 20 bilhões por ano, embora não tenha especificado qual seria essa ação. Ela garantiu que o governo se comprometerá a cumprir as metas fiscais de déficit zero em 2024 e 2025, e um superávit de 0,25% do PIB em 2026, ressaltando que a revisão de gastos será crucial para atingir essas metas. A ministra também reafirmou a estabilidade do arcabouço fiscal vigente, sem planos de alteração.
As futuras medidas de revisão de gastos se concentrarão em projetos de leis ordinárias, complementares e propostas de emenda à Constituição (PECs). Tebet destacou que a equipe econômica não está estabelecendo uma meta rígida de economia, enfatizando que a revisão não implicará a retirada de direitos. Em agosto, foi apresentado um plano para cortar R$ 26 bilhões do Orçamento de 2025, focando na melhoria da gestão e na redução de fraudes, que não necessitará da aprovação do Congresso.