Durante o Summit Saúde e Bem-Estar, especialistas abordaram a obesidade como uma doença crônica, enfatizando a necessidade de tratamento que combine medicamentos e reeducação alimentar. O endocrinologista Bruno Geloneze destacou que a obesidade provoca mudanças no hipotálamo, afetando a percepção de saciedade. Para ele, as mudanças de comportamento não são suficientes sozinhas, e o uso de medicamentos pode ajudar os pacientes que enfrentam dificuldades em controlar a fome.
Carlos Augusto Monteiro, especialista em saúde pública, alertou sobre a epidemia de obesidade no Brasil e no mundo, ressaltando que a alimentação saudável deve ser uma prioridade. Ele defendeu que hábitos alimentares mais naturais, semelhantes aos consumidos por gerações anteriores, podem ser eficazes na prevenção da obesidade. Apesar das políticas existentes para limitar o consumo de alimentos ultraprocessados, a crescente adoção desses produtos ainda é preocupante, evidenciando a necessidade de uma maior conscientização sobre a alimentação saudável.
A nutricionista Desire Coelho e a chef de cozinha Helô Bacellar reforçaram a importância da reaproximação com a cozinha, propondo que o preparo de alimentos em casa pode melhorar a relação com a comida e aumentar a aceitação de alimentos saudáveis, especialmente entre crianças. Ao ensinar hábitos alimentares desde cedo, os especialistas acreditam que é possível criar uma cultura de alimentação saudável, contribuindo para a redução das taxas de sobrepeso e obesidade no futuro.