Um grupo de 100 médicos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia decidiu suspender os atendimentos eletivos, incluindo consultas, exames e cirurgias, por 24 horas, em decorrência de atrasos nos repasses financeiros da Secretaria Municipal de Saúde. O valor em atraso, referente aos meses de julho, agosto e setembro, é de aproximadamente R$ 540 mil. Apesar da paralisação, os atendimentos de urgência e emergência continuam, garantindo a assistência a casos mais críticos, conforme estipulado por lei.
O Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) ressaltou que a paralisação não se limita aos repasses financeiros, mas também busca solucionar problemas estruturais, como a defasagem nas remunerações dos procedimentos realizados, a falta de condições adequadas de trabalho e a ausência de um contrato formal com os médicos. Essas questões têm gerado insatisfação entre os profissionais de saúde da instituição.
Em resposta à situação, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia afirmou que os pagamentos relativos aos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão em dia, negando a existência de débitos pendentes. A pasta acrescentou que realiza regularmente os repasses federais e está em busca de soluções para complementar os recursos provenientes do Tesouro Municipal, visando garantir o funcionamento adequado das unidades de saúde.