Um médico foi preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, sob a suspeita de ter cometido feminicídio contra sua companheira. A investigação da Polícia Civil aponta que ele teria utilizado medicamentos de uso hospitalar, incluindo Zolpidem, para induzir a vítima ao sono, antes de aplicar substâncias que resultaram em sua morte, ocorrida em 22 de outubro. A Polícia Civil descreve a situação como um caso de feminicídio, e o delegado responsável relatou que o suspeito alegou inocência.
A morte da enfermeira, inicialmente atribuída a um infarto agudo no miocárdio, gerou desconfiança na família após o médico comunicar o ocorrido. Quando a família chegou à residência, o suspeito apresentou um atestado médico que não convenceu os familiares. Uma perícia realizada no local revelou inconsistências na versão apresentada, incluindo a movimentação do corpo e evidências de sangue em locais que contradiziam a causa da morte informada.
Além disso, foram encontradas provas de que os medicamentos utilizados pelo médico exigiriam procedimentos médicos adequados, como a intubação do paciente, para evitar consequências fatais. A investigação continua, com a defesa do médico se manifestando apenas após acesso ao inquérito. O caso destaca a importância de um exame detalhado nas circunstâncias que envolvem a morte da vítima, buscando esclarecer os fatos e a responsabilidade dos envolvidos.