Neste domingo (20), mais de 30 mil pessoas participaram da segunda edição do Exame Nacional da Magistratura (Enam), uma prova que habilita bacharéis em direito a concorrer a cargos na magistratura. Organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), o exame contou com 33.147 inscritos em todo o Brasil, sendo que 5.516 candidatos se declararam como pessoas negras, 1.254 apresentaram deficiência e 33 se identificaram como indígenas.
A primeira edição do Enam, realizada em abril deste ano, registrou 39.855 inscrições, das quais 7.301 bacharéis conseguiram se habilitar para os concursos promovidos pelos tribunais regionais federais, estaduais, do trabalho e militares. O exame, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visa garantir que os processos seletivos priorizem a vocação para a carreira e habilidades essenciais como raciocínio e resolução de problemas. A habilitação obtida tem validade de dois anos, com possibilidade de prorrogação.
A prova abrange 80 questões sobre diversas áreas do direito, incluindo Direito Constitucional, Direito Administrativo, e Direitos Humanos. Ministros e autoridades estiveram presentes durante a aplicação do exame, que ocorreu das 13h às 18h, no horário de Brasília. A estrutura de acompanhamento em tempo real foi montada para garantir a transparência e a eficiência na realização do Enam em todo o país.