Mais de 2 milhões de clientes da Enel na Grande São Paulo ficaram sem energia após um temporal que ocorreu na sexta-feira (11). Três dias após a tempestade, 338 mil imóveis ainda não tinham luz, gerando descontentamento entre os moradores e comerciantes. As críticas se intensificaram, direcionadas à Enel e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que enfrentam pressões tanto do governo municipal quanto do federal. Enquanto a empresa comunicava esforços para restabelecer a energia, muitos clientes se sentiram abandonados, enfrentando dificuldades para preservar alimentos e manter negócios funcionando.
Durante o período sem luz, o presidente da Enel admitiu a dificuldade em prever quando o serviço seria restabelecido, ressaltando que a prioridade era atender clientes de serviços essenciais. Em resposta à crise, o ministro de Minas e Energia anunciou um prazo de três dias para a resolução dos problemas, criticando a falta de comunicação clara da empresa. Além disso, a Secretaria Nacional do Consumidor declarou que exigirá ressarcimento para aqueles que sofreram prejuízos devido à interrupção no fornecimento de energia.
A Aneel já aplicou multas significativas à Enel nos últimos anos e está considerando recomendações que podem afetar a concessão da empresa. O prefeito de São Paulo também comentou sobre os esforços da prefeitura para manter a manutenção preventiva, embora reconheça que não há garantias contra a queda de árvores em situações extremas. A situação destaca a necessidade de melhorias na infraestrutura e na comunicação entre as autoridades e a população em crises como esta.