O escritório de direitos humanos da ONU relatou nesta sexta-feira que mais de 100 médicos e trabalhadores de emergência perderam a vida no Líbano desde o início do conflito entre Israel e um grupo apoiado pelo Irã, que se intensificou no último ano. Este conflito começou quando o grupo fez disparos em apoio ao Hamas, desencadeando uma escalada de violência que resultou em bombardeios intensos em Beirute nas últimas semanas. A porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani, destacou que os dados foram compilados pelo escritório humanitário das Nações Unidas.
Desde 17 de setembro, foram registrados 18 ataques a instalações de saúde, resultando na morte de 72 profissionais de saúde, conforme indicado pelo porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Christian Lindmeier. Além disso, diversos relatos indicam que ataques aéreos têm como alvo centros médicos e equipes de emergência, colocando em risco a vida de socorristas e afetando a capacidade de resposta humanitária na região.
Israel defende que suas operações têm como alvo capacidades militares no Líbano e em Gaza, enfatizando que adota medidas para minimizar danos a civis. Contudo, o governo israelense acusa grupos armados de se ocultarem entre a população civil, o que gera um cenário complexo e preocupante para a proteção dos direitos humanos e da assistência médica no país.