Antônia Edilene foi condenada por omitir o abuso sexual de sua filha, cometido pelo ex-namorado, e passou mais de dois anos presa. O crime ocorreu em 2012, mas a condenação foi resultado de um processo em que a defesa não apresentou testemunhas que corroborassem sua inocência. Em 2021, após ser surpreendida por um mandado de prisão, Edilene e sua filha, já maior de idade, lutaram para reverter a decisão, argumentando que ela nunca teve conhecimento dos abusos durante o tempo em que ocorreram.
A luta para provar a inocência de Edilene culminou na atuação da Defensoria Pública e do Projeto Inocência, que realizaram uma nova investigação. Através da coleta de depoimentos de testemunhas que não haviam sido ouvidas anteriormente, foi possível demonstrar que Edilene agiu imediatamente após descobrir os abusos. Em setembro de 2024, o Tribunal de Justiça do Ceará reverteu a condenação por unanimidade, reconhecendo que não havia provas suficientes para a acusação.
Agora inocentada, Edilene planeja buscar uma indenização pelos danos morais e pela injustiça que sofreu. Ela expressou seu desejo de ser compensada pelo tempo que passou na prisão, ressaltando que a experiência deixou marcas profundas em sua vida e na de sua família. A história destaca a importância de uma defesa justa e a necessidade de revisar casos que, por erros processuais, resultaram em condenações indevidas.