A LVMH, gigante do luxo, reportou uma queda de 3% nas vendas do terceiro trimestre de 2024, marcando o primeiro recuo no faturamento desde o início da pandemia. A empresa gerou 19,08 bilhões de euros em receita, valor abaixo das expectativas do mercado, que previam um crescimento de 2%. O desempenho foi impactado principalmente pela diminuição da demanda na China e no Japão, com a confiança do consumidor nesses mercados alcançando níveis historicamente baixos.
A divisão de moda e artigos de couro, responsável por marcas renomadas, apresentou uma redução de 5% nas vendas, contrariando as projeções que indicavam um crescimento de 4%. Enquanto as vendas tiveram leve melhora na Europa e na América, o cenário foi desfavorável na Ásia, onde o declínio se agravou para 16%. A crise imobiliária na China e a perda de entusiasmo do consumo pós-pandemia foram fatores que contribuíram para essa queda acentuada.
No Japão, a situação foi ainda mais complicada, com o crescimento despencando para 20%, em comparação a um aumento de 57% registrado no trimestre anterior. As esperanças em relação às medidas de estímulo do governo chinês ainda não se materializaram, levantando preocupações sobre a recuperação do setor de luxo na região. A LVMH, apesar dos desafios, continua a acreditar no potencial do mercado a longo prazo.