O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou, em entrevista, que está disposto a proibir as apostas eletrônicas caso a nova regulamentação do setor não seja eficaz em controlar o investimento excessivo e o vício entre a população. Lula ressaltou que a escolha do governo foi pela regulação em vez de um fechamento total das plataformas de apostas, mencionando que mais de 2 mil sites já foram desativados nesta semana. Ele enfatizou a preocupação com o acesso de pessoas mais vulneráveis, incluindo crianças, a essas apostas.
Durante a conversa, o presidente compartilhou uma experiência pessoal relacionada a apostas, datada de 1974, que o levou a desistir de jogar. Ele recordou um episódio em que ganhou na loteria esportiva, mas logo se deparou com a realidade de que muitos outros também haviam vencido, o que o fez perceber seu comportamento avarento e o impacto negativo das apostas em sua vida. Essa lembrança reforçou sua posição contra a promoção de jogos que possam afetar a vida de pessoas vulneráveis.
Lula fez essas declarações enquanto participava de um evento político na Bahia, onde apoiava um candidato em uma disputa eleitoral local. Sua preocupação com os efeitos sociais das apostas eletrônicas reflete um esforço mais amplo de seu governo em abordar questões de saúde pública e bem-estar social, além de reafirmar a importância de regulamentações adequadas para evitar danos à população.