O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou descontentamento em relação ao pedido de informações feito pelos Estados Unidos à fabricante Saab sobre a aquisição dos caças Gripen pelo Brasil, concretizada em 2014. Lula considerou a solicitação uma intromissão indevida, destacando que não faz sentido questionar um contrato já assinado e executado. A Saab confirmou ter recebido uma intimação do Departamento de Justiça dos EUA para fornecer dados sobre a venda de 36 aeronaves, totalizando US$ 4,5 bilhões, e comprometeu-se a colaborar com as investigações americanas, apesar da falta de indícios de irregularidades apontados por autoridades brasileiras e suecas.
A aquisição dos caças Gripen teve início em 2006, sob a gestão de Lula, e foi concluída em 2014. O processo já havia sido alvo de investigações no passado, incluindo uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal em 2016, que foi suspensa por falta de provas. O ex-ministro do STF destacou a parcialidade dos procuradores envolvidos no caso, enfatizando a ausência de evidências que sustentassem as acusações.
Os caças F-39 Gripen E/F, que possuem uma velocidade máxima de 2.400 km/h e capacidade de carga de até 7,2 toneladas de armamentos, começaram a operar na Força Aérea Brasileira em 2022. O contrato prevê a entrega de um total de 40 aeronaves, cuja montagem é realizada pela Saab em parceria com a Embraer, evidenciando a colaboração entre os países na área de defesa.