O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a declaração positiva do deputado Otoni de Paula em um evento recente no Palácio do Planalto, onde foi sancionado o Dia Nacional da Música Gospel. Otoni, que anteriormente se destacou como defensor do governo Bolsonaro e crítico do PT, reconheceu que os programas sociais do governo Lula beneficiaram muitos evangélicos, particularmente os mais necessitados. Essa declaração gerou um impacto significativo, tanto para o presidente quanto para o deputado, que enfrenta críticas dentro de seu próprio grupo político.
Durante uma entrevista à Rádio Metrópole, Lula mencionou seu desejo de questionar Otoni sobre sua escolha de apoiar o ex-presidente Bolsonaro, mesmo após reconhecer os benefícios que seu governo trouxe para a comunidade evangélica. O presidente cometeu um erro ao se referir a Otoni como membro da bancada ruralista, quando, na verdade, ele pertence à bancada evangélica do Rio de Janeiro. Lula ressaltou que foi responsável por iniciativas que promovem os evangélicos, como a criação do Dia do Evangélico e a lei do silêncio.
Lula avaliou que a declaração do deputado teve uma repercussão positiva para sua administração, enquanto o deputado está enfrentando reações adversas de seus aliados bolsonaristas. Essa situação ilustra a complexidade das alianças políticas no atual cenário brasileiro, onde declarações públicas podem ter consequências significativas para a reputação dos envolvidos.