Nos últimos doze meses, mais de 66 mil toneladas de lixo foram removidas do Rio Pinheiros, em São Paulo, evidenciando um grave problema ambiental que se intensificou com as recentes estiagens. O painel digital Lixômetro, instalado às margens do rio, próximo à Casa Conectada no Parque Bruno Covas, monitora a quantidade de resíduos coletados, que incluem desde garrafas PET e isopor até objetos volumosos, como sofás e colchões. A ação é parte do Programa IntegraTietê, iniciativa do governo paulista para combater a poluição causada pelo descarte irregular de lixo.
O investimento em limpeza do rio já ultrapassou R$ 119 milhões, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo. A poluição do Rio Pinheiros é atribuída principalmente ao descarte inadequado de resíduos e à falta de saneamento básico em algumas áreas da cidade. A situação afeta não apenas a qualidade da água e a biodiversidade, mas também a saúde da população e a paisagem urbana, gerando odores desagradáveis e prejudicando o bem-estar da comunidade.
Em resposta a problemas como o acúmulo de algas e a mudança na coloração das águas, o governo paulista iniciou, no fim de setembro, uma operação de bombeamento para aumentar a circulação do rio. Recentemente, foram registrados eventos de esverdeamento nas águas do Pinheiros, o que chamou a atenção de moradores e especialistas. O monitoramento contínuo e as ações de limpeza são essenciais para mitigar os impactos da poluição e promover a recuperação ambiental da região.