O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou a última atualização da lista suja, que inclui empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. A lista, que agora conta com 727 nomes, visa aumentar a transparência das ações do governo no combate ao trabalho escravo. A inclusão de novos nomes, como o de um artista conhecido, ocorreu após fiscalizações que identificaram trabalhadores em situações degradantes em fazendas, caracterizando a escravidão contemporânea.
O processo de inclusão na lista suja ocorre somente após a conclusão de um processo administrativo, no qual os empregadores têm o direito de defesa em duas instâncias. Durante as fiscalizações, são lavrados autos de infração quando se encontram irregularidades. A lista suja é atualizada semestralmente, e, embora a permanência dos nomes seja geralmente de dois anos, novas regras permitem a remoção antecipada caso os empregadores firmem termos de ajustamento de conduta.
Recentemente, foram adicionados 176 novos empregadores à lista, enquanto 85 foram excluídos após cumprirem o período de inclusão. As atividades que mais contribuíram para o aumento da lista incluem a produção de carvão vegetal, criação de bovinos e extração de minerais. A atualização destaca também a preocupação com as condições de trabalho em setores diversos e o comprometimento do governo em erradicar essa prática no país.