O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, declarou que o grupo palestino irá ressurgir apesar das severas perdas sofridas ao longo de um ano de conflito com Israel. Em entrevista, Meshaal traçou um panorama histórico do conflito, conectando-o à Nakba, evento que resultou no deslocamento de muitos palestinos durante a criação do Estado de Israel em 1948. Ele enfatizou que, apesar das dificuldades, o Hamas continua a recrutar novos combatentes e a produzir armamentos.
Meshaal, que foi uma figura chave no Hamas por quase três décadas, afirmou que o grupo ainda possui capacidade de realizar emboscadas e que continua ativo na fabricação de munições. Ele ressaltou que, mesmo após perdas significativas de armamento, a força do espírito palestino e a resiliência do grupo garantem sua sobrevivência. Especialistas em segurança do Oriente Médio interpretam suas declarações como um sinal de que o Hamas pretende persistir em sua luta, independentemente das adversidades enfrentadas.
O contexto atual do conflito é alarmante, com Israel responsabilizando o Hamas pela falta de progresso em negociações de paz, enquanto Meshaal prevê um futuro incerto, marcado pela ocupação e contínua tensão na região. As recentes ofensivas israelenses resultaram em altas cifras de mortos entre os palestinos, enquanto a liderança israelense afirma que a estrutura militar do Hamas foi severamente debilitada. A instabilidade continua, com muitos acreditando que a situação poderá se agravar ainda mais no futuro.