O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu continuidade ao leilão da folha de pagamentos, prevendo gerar R$ 6 bilhões anuais, mesmo após uma decisão judicial que barrava uma nova regra para o crédito consignado. Nos primeiros dias do leilão, a concorrência entre 25 instituições financeiras indica um cenário promissor, superando as expectativas do governo. O presidente da autarquia expressou otimismo sobre os resultados e a possibilidade de reverter a liminar que prejudica o andamento da nova normativa.
O leilão estabelece critérios rigorosos para a participação dos bancos, que devem oferecer serviços sem tarifas aos segurados e ter capacidade de atender ao alto volume de pagamentos. Além disso, a nova exigência de que as instituições tenham, pelo menos, um caixa eletrônico ou físico para os pagamentos visa facilitar o acesso aos benefícios. O INSS estima que cerca de 437 mil benefícios serão concedidos mensalmente, com um valor médio de R$ 1.824,67.
A norma contestada pela Associação Brasileira de Bancos impunha um bloqueio de 90 dias nas contas dos beneficiários para contratações de crédito consignado, o que foi temporariamente suspenso. Embora o presidente do INSS reconheça que essa exclusividade possa causar restrições de mercado inicialmente, acredita que a competitividade entre as instituições aumentará após o período, beneficiando os aposentados ao proporcionar mais opções de crédito e proteção contra práticas de assédio bancário.