O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei do projeto Combustível do Futuro, que prevê a mobilização de 260 bilhões de reais em investimentos e a redução de 705 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2037. O programa, considerado o maior esforço de descarbonização do setor de transportes no Brasil, introduz combustíveis sustentáveis, como o combustível sustentável de aviação (SAF) e o diesel verde, buscando transformar a matriz energética do país. Além disso, a lei incentiva a produção de novos biocombustíveis e o aumento da mistura de etanol na gasolina.
A nova legislação estabelece a elevação da mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035, exigindo um aumento significativo na produção de óleo de soja. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima que serão necessários investimentos de 52,5 bilhões de reais para a instalação de novas usinas e esmagadoras de soja. Com essa mudança, a produção de biodiesel deve atingir 19 milhões de toneladas anuais até 2035, em contraste com os 5,9 milhões de toneladas previstos para 2024.
O projeto também prevê a flexibilização dos percentuais de mistura de etanol na gasolina, podendo variar entre 22% e 35%. A sanção da lei é vista como um passo decisivo no combate às mudanças climáticas, com a expectativa de que o setor de biodiesel contribua para a redução de mais de 320 milhões de toneladas de CO2 na próxima década. A cerimônia de sanção ocorreu durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, onde foram apresentados equipamentos e veículos que utilizarão biocombustíveis renováveis.