José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu aos 66 anos, deixando um legado significativo além de suas conquistas no ringue de boxe. Nascido em Sergipe e criado em São Paulo, ele fundou o Instituto Adilson Maguila em 2003, gerido por sua esposa Irani Pinheiro. O instituto oferece aulas gratuitas de boxe para 250 crianças e jovens, visando afastá-los de atividades prejudiciais e promovendo a inclusão social por meio do esporte na periferia da capital paulista.
Desde 2006, o projeto ocupa a Vila Olímpica Mário Covas e atende alunos a partir de dez anos de idade, com aulas distribuídas em diferentes períodos durante a semana. A estrutura do instituto conta com um ringue e sacos de pancadas em uma sala de 780 m², onde os participantes têm a oportunidade de aprender e se desenvolver no boxe. A secretária de Esportes do Estado de São Paulo, coronel Helena Reis, expressou seu orgulho pelo trabalho social realizado pelo instituto, que não busca apenas formar atletas, mas sim proporcionar uma transformação na vida dos jovens atendidos.
O impacto do projeto já pode ser visto nas histórias de seus alunos, como a de Elhem Taynara, que se destacou como a primeira mulher a vencer um importante torneio de boxe amador, e Vera Lúcia, que atribui ao boxe uma mudança significativa em sua vida. As inscrições para as aulas estão abertas, e para participar, os interessados devem comparecer ao local com a documentação necessária. Maguila, que teve uma carreira notável no boxe entre 1983 e 2000, deixa uma marca indelével na vida de muitos jovens, provando que seu legado vai muito além das vitórias dentro do ringue.