Um laboratório de análises clínicas está sendo investigado por sua responsabilidade em um caso em que seis pacientes receberam órgãos transplantados infectados com o vírus HIV. O laboratório, que tinha contratos com a Fundação Saúde, foi recentemente envolvido em um escândalo que levantou preocupações sobre a qualidade dos serviços prestados. O contrato mais recente, assinado em dezembro de 2023, previa análises clínicas em unidades da rede estadual, totalizando R$ 9,8 milhões. Antes disso, foram firmados outros dois contratos, ambos sem licitação, que também envolviam serviços similares.
Após a revelação da infecção dos pacientes, a Secretaria de Estado de Saúde suspendeu o contrato com o laboratório e iniciou uma sindicância para apurar responsabilidades. A situação é ainda mais complexa, pois alguns sócios do laboratório estão relacionados a figuras políticas, o que gera especulações sobre possíveis conflitos de interesse. O ex-secretário de Saúde, embora afirme não ter participado da escolha do laboratório, esteve no cargo durante a assinatura de um dos contratos.
As autoridades de saúde locais realizaram uma inspeção no laboratório, que, segundo as informações, estava em conformidade com as normas estabelecidas. A comunidade aguarda esclarecimentos sobre como os órgãos infectados foram autorizados para transplante, além de medidas para prevenir que situações similares ocorram no futuro. A investigação se intensifica na expectativa de que os responsáveis sejam punidos de maneira adequada.