A Polícia Civil investiga um laboratório que emitiu laudos negativos para HIV em órgãos transplantados, levando à infecção de pacientes. O técnico responsável pelos exames relatou que, devido à necessidade de cortar custos, a frequência do controle de qualidade dos testes foi reduzida de diária para semanal. Essa mudança, segundo ele, pode ter contribuído para a degradação dos reagentes utilizados nos exames, aumentando o risco de erros nos resultados.
Os gestores do laboratório admitiram que a decisão de economizar foi motivada por altos custos com os kits de reagentes. Um médico e outro funcionário do laboratório também foram presos, com alegações de que erros nos laudos foram causados por falhas na verificação dos resultados e digitações equivocadas. Além disso, uma mãe denunciou que sua filha recebeu tratamento indevido para HIV após um teste falso positivo, gerando angústia e estresse emocional para a família.
Em resposta ao escândalo, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro informou que o laboratório não realizará mais exames e formou uma comissão para atender os pacientes afetados. A situação destaca a importância de rigorosos protocolos de controle de qualidade em laboratórios para garantir a segurança dos transplantes e dos testes de HIV.