O PCS Lab Saleme foi apontado pelo governo do estado do Rio de Janeiro como responsável por erros em dois exames, que levaram à infecção por HIV de seis pacientes que aguardavam transplantes. O diretor-geral da Central Estadual de Transplantes expressou preocupação em um ofício, ressaltando que a atual gestão da central não foi consultada durante o processo de licitação que resultou na contratação do laboratório, que recebeu R$ 11 milhões para realizar sorologias de órgãos doados. A habilitação do laboratório foi questionada, uma vez que não foram apresentados os documentos necessários para avaliação, mas a Fundação Saúde atestou sua qualificação.
Após a suspensão das atividades do PCS Lab, o proprietário foi notificado sobre uma sindicância da Secretaria de Saúde, e uma equipe da Vigilância Sanitária encontrou problemas em suas instalações. Em resposta, o laboratório iniciou melhorias em suas condições operacionais, como manutenção elétrica e limpeza. A empresa, que atua desde 1969, afirmou que está cooperando com as investigações abertas por diferentes órgãos, incluindo o Ministério da Saúde e o Ministério Público, e que tomou a iniciativa de realizar uma sindicância interna.
O laboratório garantiu que todos os exames realizados entre dezembro de 2023 e setembro de 2024 usaram kits de diagnóstico recomendados pelas autoridades de saúde. Além disso, comprometeu-se a oferecer suporte médico e psicológico aos pacientes afetados pelo HIV e suas famílias, reafirmando sua disposição em colaborar com as investigações em curso.