A Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro interditou o laboratório PCS, responsável por realizar testes de HIV em doadores de órgãos, após a confirmação de que seis pessoas contraíram o vírus HIV por meio de transplantes. Os testes realizados pelo laboratório indicaram resultados negativos, permitindo a liberação dos órgãos para transplantes. No entanto, investigações revelaram que, após a doação, um receptor apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV, levando à reavaliação das amostras de sangue que ficaram armazenadas.
Após uma fiscalização no laboratório, a Vigilância Sanitária não encontrou os kits de teste de HIV, e a polícia está investigando a possibilidade de fraude nos testes. O laboratório, que foi contratado pelo estado em um contrato de R$ 11 milhões, afirmou que está realizando uma sindicância interna para apurar as responsabilidades pelo erro nos diagnósticos. Além disso, o Ministério da Saúde e outros órgãos estão realizando uma nova testagem de 286 amostras de doadores para garantir a segurança do sistema de transplantes.
O incidente levantou preocupações sobre a segurança do sistema nacional de transplantes, que é considerado um dos mais seguros do mundo. Autoridades enfatizaram a importância da doação de órgãos, destacando que mais de 16 mil vidas foram salvas no Rio de Janeiro. Enquanto as investigações prosseguem, o foco permanece na integridade do processo de transplante e na segurança dos pacientes.