A Justiça determinou a prisão temporária da coordenadora técnica de um laboratório de análises em uma audiência realizada na Central de Custódia de Benfica, no Rio de Janeiro. A profissional foi detida em sua residência no município de Belford Roxo, onde a polícia apreendeu equipamentos eletrônicos que podem estar relacionados ao caso. As investigações, conduzidas pela Delegacia do Consumidor, apontam que a coordenação do laboratório alterou a frequência dos testes de checagem de antígenos de diários para semanais, supostamente com o intuito de aumentar lucros.
Os problemas surgiram após a descoberta de que dois doadores de órgãos apresentaram laudos falsos de HIV, sendo considerados negativos quando, na verdade, eram positivos. Como resultado, seis pacientes que receberam transplantes a partir desses órgãos foram infectados pelo vírus, levantando preocupações sobre a segurança dos procedimentos realizados pelo laboratório. A situação acendeu um alerta sobre os protocolos de teste e a responsabilidade dos laboratórios na prevenção de contaminações.
Além da coordenadora técnica, outras pessoas ligadas ao laboratório também tiveram prisão temporária decretada, incluindo um médico sócio e funcionários da instituição. As investigações continuam, e as autoridades buscam esclarecer a extensão das falhas nos procedimentos de testagem e as possíveis implicações para a saúde pública.