Um laboratório no Rio de Janeiro, responsável por exames de doadores de órgãos, enfrenta uma grave crise após dois casos de infecção por HIV em pacientes transplantados. A situação se agravou quando foi revelado que um exame assinado por uma técnica usou o registro profissional de outra biomédica. As investigações iniciadas pela Secretaria de Saúde, Ministério Público e outras autoridades visam apurar a responsabilidade pelo erro que resultou na contaminação de seis pacientes. O laboratório foi interditado e os serviços de análises passaram a ser realizados por outra instituição.
A biomédica cujo registro foi utilizado afirmou que nunca trabalhou no Rio de Janeiro e que seu cadastro estava desativado. O laboratório PCS Lab Saleme, que atendeu diversas unidades de saúde estadual, recebeu mais de R$ 21 milhões em contratos com o governo e realizava uma média de 69 mil análises mensais. Em decorrência do ocorrido, o governo estadual decidiu contratar outra empresa para prestar serviços emergenciais, com a formalização de um novo contrato em andamento.
As investigações começaram após a confirmação de que um paciente transplantado testou positivo para HIV, levando à reanálise de exames de doadores realizados anteriormente. As autoridades estão focadas na revisão de amostras de sangue armazenadas e na avaliação dos procedimentos de doação de órgãos. O laboratório, por sua vez, se comprometeu a colaborar com as investigações e a prestar suporte aos pacientes afetados.